sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Até 2014 tudo zero





A floresta amazônica começa a dar seus primeiros suspiros de alívio, mas vamos com calma e nada de exaltações. Na matéria publicada pelo site UOL, a coisa parece que começou a engrenar legal, a ligeira caída do desmatamento corresponde a quase uma cidade inteira do Rio de Janeiro, 20% parece não ser muito, mas todo começo é um começo, seja ele pequeno ou não.

O verde voltou a dar, ainda que literalmente, o ar de sua graça em 870 quilômetros dos 1.096 desmatados, ao qual apontava o mês anterior, uma senhora caminhada! Mas como eu havia dito no começo deste texto, seguremos um pouco ainda nossa onda, as taxas anuais de desmatamento também precisam descer do tamanco. Caberá ao governo dar uma mãozinha para aprimoramento dos programas e ações contra o desmatamento, mas nós também devemos caminhar nessa trajetória, mesmo que a longo prazo como dizem os especialistas, para mudarmos futuramente esta história.

O programa “Desmatamento Zero” do Instituto de Pesquisas Amazônicas (Ipam) prevê que até 2014 o índice de desmatamento florestal seja zero, isso mesmo, zero. Um belo golpe no maior inimigo do nosso verde e de todo o planeta. Mas há um preço a se pagar por essa verdadeira “batalha”, em cifras mesmo, ou melhor, em dólares, bem ao pé do significado da frase. A sacudida no bolso dos cofres governamentais terá que ser de aproximadamente cinco bilhões, não você não leu errado, caro leitor. O valor é aproximado mesmo porque existe a possibilidade de se fazer necessário mais dinheiro, e novamente nada de exaltações, os especialistas garantem mesmo assim que o valor não é astronômico, pois, será tudo revertido em dez anos.

Para fecharmos nossa conversa, as principais armas do tão comentado programa serão os mecanismos que valorizem a nossa floresta amazônica. Desmatamento é como incêndio, em grande parte não se consegue recuperar o que foi destruído.

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