Desde abril de 2009, todas as sextas-feiras, a ONG BioTAV (Terra, Água, Verde) realiza um trabalho de conscientização ambiental na Escola Estadual Deputado Emílio Justo, em Santos. A organização trabalha com alunos do 2ª à 8ª ano (exceto do sétimo ano) e desenvolve diferentes projetos com as salas. A escola conta com 418 alunos, sendo 120 do ensino médio e 298 do fundamental.
Com os 208 alunos que estudam pela manhã, a ONG promove rodas de conversa para explicar a importância da reciclagem de materiais, do descarte correto do óleo de cozinha, da coleta seletiva, da economia de água e da conscientização o maior número de pessoas possível. As formas de trabalhar, porém, variam conforme os alunos.
Com os estudantes de segunda à quarta série, a ONG desenvolve atividades para ensinar a reaproveitar o material reciclável, fazendo brinquedos, como aviões de garrafa pet, sacolas e carrinhos de caixa de leite, entre outras engenhocas. Esse projeto é chamado de BioArt. As crianças também fazem desenhos que remetam à importância de preservar o meio ambiente.
Com os alunos de quinta e sexta série, a ONG desenvolve a BioZine, uma pequena revista para ajudar na divulgação da BioTAV. Há diversas seções nas quais os alunos podem desenvolver ideias sobre meio ambiente: a BioHQ, dedicada às histórias em quadrinhos que tratem de questões ambientais; o BioEspaço e o Fique Ligado, que abordam eventos e outras entidades que promovam trabalhos relacionados ao meio ambiente; há o espaço Dicas, que ensina a reutilizar materiais; o Fale Aqui, que busca projetos e pessoas empreendedores ecológicos e uma seção de Comportamento, para tratar de assuntos como moda sustentável.
Os alunos da oitava série visitam comunidades carentes e conscientizando a população local. Segundo a diretora da escola, Anatália Aragão, de 51 anos, desde a chegada da BioTAV, a escola já contou com sensíveis melhoras: “Um dia, a moça da merenda veio me dizer: ‘Olha só, não tem mais nenhum papel de bolo jogado no chão’. Hoje as crianças sabem em qual lixeira devem jogar seu lixo”, conta a diretora.
A BioTAV surgiu em abril de 2008, mas só se registrou como ONG em maio do ano passado. A organização conta com três pessoas que vão à escola toda sexta-feira e outras cinco que fazem o trabalho de divulgação dos projetos. No momento, a sede fica na garagem do prédio de Mariana Aragão, de 21 anos, presidente da entidade, no Marapé, em Santos.
Para angariar recursos, a organização realiza coleta seletiva duas vezes ao mês e vende metade do lixo reciclável (a outra parte é usada nas atividades da escola). Com cada venda, são arrecadados R$ 6 a R$ 20 reais. Para crescer, a BioTAV quer contar com parceiros e mais voluntários e pretende ir para um prédio comercial em um ano.
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