segunda-feira, 25 de abril de 2011

Brasileira faz jóias com lixo eletrônico



Lixo nunca é bom quando é só lixo, mas é sempre ótimo quando vira algo legal, não é? Naná Hayne parece ter entendido isso muito bem para confeccionar essas peças utilizando sobras de produtos eletrônicos


Naná já está há oito anos no mercado, fazendo com que suas confecções cheguem até à Itália. Para conhecer mais o trabalho da desing acesse http://nanahayne.wordpress.com/

sexta-feira, 22 de abril de 2011

22-04: Dia da Terra


A primeira versão da Carta da Terra foi feita na Eco 92, no Rio de Janeiro. Oito anos mais tarde, em 2000, a Comissão da Carta da Terra, em Paris, apresentou o documento final. Desde então, a meta é promover sua disseminação, subscrição e implementação pela sociedade civil, empresas e governos, além de apoiar o uso deste instrumento em escolas, universidades e outras estruturas de ensino. Em linguagem poética, a carta nos fala de como seria uma relação harmoniosa entre as pessoas, e entre a humanidade e os demais seres vivos e mais: nos mostra que esse caminho é possível

PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.

RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA


1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade:
a. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos;
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.

2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor:
a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas;
b. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
maior responsabilidade de promover o bem comum.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas:
a. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial;
b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.

4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações:
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras;
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida:
a. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento;
b. Estabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural;
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados;
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
organismos prejudiciais;
e. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas;
f. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.

6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução:
a. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo;
b. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental;
c. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas;
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas;
e. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.

7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário:
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento;
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
ambientais seguras;
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais;
e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável;
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido:
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento;
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano;
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental:
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados;
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria;
c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável:
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações;
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas;
c. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas;
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
conseqüências de suas atividades.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas:
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas;
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias;
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
família.

12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias:
a. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social;
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis;
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
papel essencial na criação de sociedades sustentáveis;
d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça:
a. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse;
b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões;
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição;
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos;
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas;
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável:
a. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável;
b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade;
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais;
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração:
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento;
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável;
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.

16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz:
a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações;
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas;
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica;
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
massa;
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz;
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida

sábado, 16 de abril de 2011

Materiais alternativos diminuem impacto das embalagens



Tóxicas e quase sempre impossíveis de se decompor na natureza, as embalagens já foram as vilãs da ecologia, mas estão sendo redimidas por novos materiais.

Quem fica com consciência pesada ao pegar uma sacolinha de plástico no supermercado já sabe: embalagens são um dos grandes vilões da sustentabilidade hoje. Se feitas de plástico, representam um material que demorará mais de 400 anos para se degradar no ambiente, se não reciclada. Outro material, o isopor, demora apenas oito anos, porém sua reciclagem é cara e dispendiosa. Em vez de tentar reduzir o tamanho das embalagens para diminuir seu impacto na natureza, algumas empresas estão partindo para uma abordagem diferente: usar materiais feitos a partir de matérias-primas biológicas, que possam ser decompostas na natureza, para fabricar de sacolas, caixas e outros itens de proteção a objetos.

Um exemplo são os bioplásticos. Feitos em geral de sobras da agricultura, como fécula de mandioca, batata, milho ou cana-de-açúcar, esses biopolímeros têm características similares aos plásticos comuns, mas podem ser jogados na natureza, onde irão se decompor e até ajudar a tornar o ambiente mais fértil, pois, como são feitos de material orgânico, servem como adubo para as plantas. "Três princípios devem governar a criação de materiais melhores. Em primeiro, eles devem poder ser criados em todos os lugares do planeta.

Segundo, eles devem requerer bem menos energia que os atuais para ser produzidos. Terceiro, eles devem poder ser descartados pelo maravilhoso sistema de reciclagem open-source que é a natureza", disse, em uma palestra da conferência californiana TED, feita para divulgar ideias inovadoras, Eben Bayer, criador da Ecovative, empresa que usa o micélio dos cogumelos no lugar do plástico.

FUNGO
A empresa Ecovative usa o micélio, parte do cogumelo responsável pela sustentação e absorção de nutrientes, como cola para os resíduos de agricultura, que formarão um material forte e resistente, que substitui o isopor

MILHO
Junto com a USP, a Biomater, de São Carlos (SP), desenvolve embalagens a partir de resíduos do milho

BATATA
A batata também é usada pela Biomater e por outras empresas como a Cereplast, para fazer sacolas etc.

ALGA
Mas a aposta da americana Cereplast está nos bioplásticos a partir de algas, ainda em desenvolvimento

Etapa 1 - Matéria-prima: Resíduos descartados pela agricultura servem como matéria-prima. De preferência, são produtos da região. Na Espanha, sementes de soja; na China, rebarbas de algodão
Etapa 2 - Preenchimento: Agora é hora de colocar a matéria-prima triturada e misturada com o micélio em um molde com o formato do produto final. Exemplo: o molde dos protetores de quina para embalagens
Etapa 3 - Crescimento: O micélio vai crescer e dar a "liga" entre os resíduos biológicos que servem como matéria-prima. É aqui que a mágica acontece, pois o fungo é que está fazendo o trabalho
Etapa 4 - Produto: Aqui temos o produto final, como um berço para embalagens que substitui o isopor ou um bloco para construção. O produto de micélio é adequado para embalar coisas pesadas, como TVs
Etapa 5 - Descarte: Depois de usado, o objeto de micélio é facilmente descartado. Pode ser colocado no jardim como adubo, usado em composteira ou mesmo descartado no lixo, pois se decompõe rapidamente.

Fonte: Planeta Sustemtável

domingo, 10 de abril de 2011

Torneira limita quantidade de água

 Quando você lava as mãos pode nem perceber a quantidade de água que está usando, afinal, a torneira parece ter “água ilimitada”. Para causar o choque de ver quanto você realmente está gastando (sem colocar animais em risco) designers chineses criaram a 1 Limit.


Fruto da mente criativa de Yonggu Do, Dohyung Kim e Sewon Oh, a torneira armazena um litro de água no tubo transparente e limita essa quantidade por acionamento.

Funciona assim: Com o tubo cheio, você vai lavar as mãos e, em média, em 6 segundos o tubo se esvazia. Daí, a torneira fecha e só vai abrir novamente quando o tubo estiver completamente cheio. Nesse tempo você vai poder pensar se é realmente necessário gastar mais água.

Os fabricantes dizem que as torneiras automáticas atuais gastam cerca de 6 litros por acionamento. Utilizando a 1 Limit o gasto seria reduzido em 85% no uso da torneira do banheiro.

A torneira não tem data para chegar no mercado, por enquanto é só um protótipo, mas diferente da maioria dos “conceitos”, acredito realmente que essa ideia precisa e vai sair do papel.

Gigantes se juntam para retirar gases nocivos dos sistemas de refrigeração

 As marcas Coca-Cola, PepsiCo, McDonald’s e Unilever criaram, juntamente com o Greenpeace e a ONU, o programa “Refrigerants, Naturally!” (“Refrigerantes, Naturalmente” em tradução livre) que visa retirar os gases fluorados utilizados na refrigeração das bebidas.
 

Os gases nocivos à camada de ozônio (F, CFCs, HCFCs e HFCs) estão sendo substituídos por substâncias naturais, como amônia, hidrocarbonetos e o dióxido de carbono.

O esforço é compreensível quando a estimativa diz que os HFCs, utilizados nas redes de comércio, têm um impacto no aquecimento global que pode chegar a até mil vezes mais que o gás carbônico.

A iniciativa já conseguiu um prazo: Até 2015 todo o setor de varejo se comprometeu a mudar a tecnologia de refrigeração.