Texto escrito pelo colaborador André Righini ( Voluntário da BioTAV) , estudante de Faculdade de moda e Personal Stylist Formado .
Ouve-se falar muito que o ecologicamente correto está na moda, que essa é a onda do momento; mas pouco se fala sobre as verdades relacionadas a esse tema.
A industria do vestuário não fica pra trás, e lançam no mercado linhas de roupas que ‘’vieram para salvar o mundo’’.
Feitas com materiais orgânicos, que não agridem o meio ambiente, essa grifes precisam enfrentar um grande obstáculo: o preço. Vai levar tempo para convencer os consumidores a pagarem mais por peças ecologicamente corretas. Essas roupas chegam a custar 30% mais caro do que as sintéticas.
Existe outra barreira para esse negocio verde, numa plantação de algodão, por exemplo, não poderia ser usado agrotóxico, o que dificulta ainda mais o controle das pragas.
As pessoas (infelizmente) ainda não estão preparadas para salvar o mundo, é preciso ser realista. A produção de algodão orgânico, por exemplo, representa apenas 1%, e o Brasil ainda nem faz parte desse pequeno nicho de mercado.
É claro que como em qualquer lugar do mundo existem pessoas dispostas a pagar (muito) mais por essas peças ecologicamente corretas.
Os estilistas e as industrias precisam trabalhar exaustivamente para produzir roupas ‘’verdes’’ com a mesma característica, design, qualidade e preço de peças sintéticas.
Muitos profissionais dizem que essa nova onda politicamente correta é passageira, e muito mais para ligar as empresas a causas ambientais, ou seja, pura estratégia de marketing.
Diversas grifes que se dispuseram a confeccionar coleções ambientais tiveram um resultado desastroso, as vendas foram um fiasco.
É preciso pensar no que é ecologicamente correto e economicamente viável. Será mesmo que o mundo esta preparado para essa nova tendência? Ou é apenas moda?