quinta-feira, 21 de junho de 2012

A mandioca que vira copinhos




Os produtos de plástico são utilíssimos, a vida sem eles é impossível e os danos que causam ao meio ambiente são imensos. Até aí, nenhuma novidade. Segundo as estatísticas mais recentes, 150 milhões de toneladas desses produtos são fabricadas no mundo por ano e 95% delas vão parar em lixões, sem tratamento algum, ficando sujeitas a um processo de decomposição interminável. Uma solução pode estar na busca de um produto alternativo semelhante em tudo ao plástico, mas menos poluente. Estudos nessa direção estão avançando, e resultados já são vistos na produção de objetos - embalagens, garrafas, componentes de celulares, autopeças - feitos do chamado bioplástico. Assim como os plásticos convencionais, os bioplásticos são feitos de polímeros, e as propriedades e características dos dois (vida útil, resistência a choques e variação de temperatura) também se assemelham. A diferença está na matéria-prima: enquanto o convencional vem do petróleo, o "ecológico" é obtido da natureza, em grande parte na agricultura: da cana-de-açúcar, do milho, da mandioca, da batata e outros.

A maior vantagem do bioplástico é amenizar o aquecimento global provocado pela emissão de gás carbônico. Cada quilo de plástico feito a partir de petróleo libera cerca de 6 quilos de gás carbônico. Com os plásticos verdes acontece o contrário: cada quilo produzido representa a absorção de 2 a 2,5 quilos de gás carbônico devido à fotossíntese dos produtos agrícolas usados na sua composição. Também demandam bem menos energia na sua produção. Além disso, são 100% recicláveis e 70% deles são biodegradáveis e compostáveis - decompõem-se sozinhos, em 180 dias, em média.

Dois problemas ainda travam a expansão da indústria de bioplásticos. Um deles, a necessidade de mais pesquisas, vem sendo amenizado com o desenvolvimento de projetos no mundo todo. Entre os muitos usos do produto, já estão em fase de teste no mercado uma bola de golfe que se degrada e vira comida de peixe se cair na água, uma goma de mascar que não gruda e, num futuro mais distante, um filme invisível que envolve as frutas, impede que elas estraguem rapidamente e pode ser ingerido. Já o outro problema é mais complicado: ainda é muito caro produzir o plástico verde. A maior parte das empresas que atuam no setor está utilizando a cana-de-açúcar - a Braskem, no Rio Grande do Sul, produz 200 000 toneladas por ano de plástico derivado de polietileno formado a partir do processo de desidratação do etanol. Situada em São Carlos, no estado de São Paulo, a CBPak utiliza matéria-prima mais inusitada: produz atualmente 300 000 bandejas e copos de plástico para embalar alimentos feitos a partir de amido de mandioca e espera faturar 10 milhões de reais neste ano.

"Trata-se de um negócio que ainda está engatinhando e que enfrenta duas barreiras: o preço e a produtividade", diz Claudio Rocha Bastos, fundador da CBPak, que tem planos ambiciosos de ampliar sua produção em dez vezes. Embalagens ecológicas podem custar até o triplo das de origem fóssil e, mesmo tendo atingido, em 2011, a marca de 1 milhão de toneladas, a atual produção mundial não representa nem 1% do mercado de plásticos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Alteração no transporte pode reduzir gás do efeito estufa

A utilização dos modais ferroviário e hidroviário no transporte de açúcar e etanol no Brasil pode levar, em três anos, à emissão de menos 6,6 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), um dosGases do Efeito Estufa (GEE).

A estimativa faz parte de pesquisa da economista Maria Andrade Pinheiro, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Atualmente, a maioria dos trajetos utiliza o modal rodoviário, segundo maior consumidor de energia e responsável por 58% das cargas transportadas no País.

A pesquisadora estimou os benefícios da redução das emissões de gases de efeito estufa a partir da mudança da matriz de transporte nacional, implicando assim uma utilização mais eficiente, tanto em termos energéticos como em termos econômicos, dos modais de transporte no setor sucroenergético (produção de açúcar e etanol).

O estudo avaliou o sistema atual de transporte, identificando os principais corredores rodoviários, ferroviários e hidroviários utilizados para o transporte dos produtos dos complexos sucroenergético e identificou as configurações que reduzam as emissões de gases de efeito estufa por tonelada transportada.

Segundo a pesquisa, orientada pelo professor José Vicente Caixeta Filho, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), tanto o açúcar como o etanol possuem uma enorme demanda potencial, que necessitará de uma malha de transporte mais equilibrada e limpa, pois a não ampliação das vias de escoamento pode gerar problemas não só financeiros como tambémimpactos perversos ao meio ambiente. O trabalho foi apresentado no Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada da Esalq.

Maria afirma que a expansão da malha ferroviária e hidroviária para o caso do açúcar e da dutoviária no caso do etanol, propicia uma redução das emissões de CO2 a cada tonelada de carga transportada, bem como a diminuição do custo de transporte envolvido no seu escoamento.

"Além disso, as obras de infraestrutura poderão gerar benefícios econômicos e ambientais para o setor, pois esses poderão conquistar créditos de carbono e comercializá-los no mercado de carbono, assim como novos mercados consumidores, pois o produto terá uma marca sustentável e, por fim, contribuir para que o Brasil cumpra suas metas voluntárias de redução das emissões de gases de efeito estufa", explica.

EMISSÕES
Os dados do trabalho mostram que, no período de três anos, será possível reduzir as emissões no transporte de açúcar e etanol em 6,6 milhões de toneladas de CO2 e R$ 3,3 bilhões. "Se considerarmos a redução das emissões previstas pelo setor sucroenergético para 2020 que é de 112 milhões de toneladas, a mitigação anual de 2,2 milhões de toneladas de CO2 obtida através da transferência de modalidade para o escoamento de açúcar e do etanol equivaleriam a quase 2% dessa meta" afirma a economista.

"Em termos monetários esta seria uma economia com a logística que teria como ponto direto uma melhoria na competitividade dos produtos, sem levar em consideração os benefícios que um transporte mais sustentável traria para a sociedade e para a imagem do setor". Entretanto, Maria ressalta que não basta, apenas, as obras ficarem prontas. São necessários incentivos ao embarcador para o uso de modais alternativos ao rodoviário.

"Além de a infraestrutura estar disponível para ser utilizada é indispensável que sejam adotadas medidas que tragam segurança para que os embarcadores optem por esse tipo de transporte", observa. "É preciso ainda que sejam resolvidos problemas mais estruturais como os de diferença de bitola, falta de vagões para o embarque e direito de passagem entre as concessionárias das linhas férreas".

Segundo a economista, não se pode desconsiderar também que o valor do frete a ser praticado tenha preços relativos competitivos entre os modais, considerando as características especificas de cada um deles e tenha consenso com a realidade do mercado e que os produtores e compradores tenham segurança de que a carga chegará ao seu destino sem extravios e nos prazos estipulados. "Sem a melhoria desses fatores não haverá ampliação da malha intermodal que fará com que seu uso torne-se mais intenso", conclui.

Fonte: Planeta Sustentavél

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Cuidar do lixo que produzimos é um dos primeiros passos para um mundo mais verde






Até algum tempo atrás, falar de lixo era algo que parecia estranho, sem cabimento e fora de contexto no nosso dia a dia. Lixo, aquela coisa que sobra, você junta em um saco plástico e manda embora no caminhão do serviço público de coleta. E depois que o lixo saiu da sua casa, não é mais problema seu e em breve ele estará em um canto bem longe, sem te incomodar. E falar sobre lixo aliado à cidadania? Mais estranho ainda. De que forma, algo considerado com sujo e que era desprezado poderia contribuir para que você se tornasse um ser humano melhor e mais consciente?

Mais uma vez, o que chama atenção é o fator “desprezo”. Assim como diversas outras questões que hoje em dia estão em destaque na mídia (podemos citar as fontes de energia alternativa, as regulamentações ambientais e por aí vai), algo que não tinha muita importância no nosso cotidiano, passa a ser discutido, divulgado e pensado em conjunto. Infelizmente, muita gente ainda pensa no lixo da forma que foi citada logo no início deste texto e isso é algo que precisa mudar.

O ato de pensar em conjunto que faz a diferença para que ações coletivas em relação ao lixo se tornem intrínsecas à nossa condição de cidadãos educados, conscientes e politizados.

A relação entre lixo e cidadania tem início nas atitudes mais básicas e o ponto de partida é uma frase clichê, mas, que pelo fato de ser clichê, não deixa de ser importante: “Não jogue lixo no chão”. De um ponto de vista pessoal, jogar lixo no chão é um dos maiores sinais de falta de educação que pode demonstrar um ser humano. Se a pessoa não cuida do lixo em um ambiente público e não se constrange em ser tachado como mal educado arremessando guimbas de cigarro e latas de cerveja das janelas de veículos, jogando papel de bala e cuspindo goma de mascar no chão, será que ela se preocupa em cuidar do lixo em casa? Será que se preocupa com o impacto de suas atitudes no meio ambiente e na sociedade?

Cidadania é uma questão de educação básica, de cuidado com o que é público, de consciência sobre deveres e direitos e também de educação. Ser cidadão é cuidar do planeta e isso inclui o cuidado com tudo e com todos que nele habitam. Cabe ao governo educar, criar campanhas de conscientização, instaurar a coleta seletiva nos municípios, dar o tratamento adequado aos resíduos e criar programas de redução, reaproveitamento e reciclagem do lixo, mas também cabe ao cidadão fazer a sua parte. Toda mudança só é verdadeira se começa de dentro, com vontade e dedicação. Reduzir, Reutilizar e Reciclar, aliados a uma educação consciente, são os elos de ligação na relação entre Lixo e Cidadania.
Um exemplo que engloba Lixo, Cidadania e Educação

A questão do tratamento do lixo ainda é algo complexo no Brasil e no mundo e muito se discute sobre os impactos de aterros sanitários e lixões, alega-se que estes são contaminadores de solos e rios e grandes inimigos do meio ambiente. A medida mais eficiente que pode ser tomada em relação ao lixo não é aterrá-lo, incinerá-lo ou deixá-lo ao ar livre. No momento, o que cabe ao lixo é repensar o seu tratamento, sua destinação e sua importância social.

Bons exemplos devem ser sempre lembrados e divulgados e por isso citaremos aqui a SLU – Superintendência de Limpeza Urbana – de Belo Horizonte, uma autarquia municipal que trabalha com o conceito de que lixo é sinônimo de trabalho e de inserção social, dando atenção especial à coleta seletiva e à reciclagem.

Desta forma, a SLU trabalha com um Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos, cujo objetivo é reduzir a produção do lixo encaminhado para o aterro sanitário, diminuir os impactos ambientais negativos e levar benefícios sociais à população.

Além de criar políticas de coleta, distribuição e destinação do lixo, a SLU desenvolve projetos sociais que beneficiam toda a população. Dentre os diversos projetos da SLU está a UEA – Unidade de Educação Ambiental – que é um espaço interativo para a realização de atividades com enfoque na educação para limpeza urbana e reciclagem de resíduos.

“A Lei Orgânica do Município estabelece que o material proveniente da coleta seletiva domiciliar deve ser destinado prioritariamente para os catadores. O entulho originado da construção civil é processado e reaproveitado, os alimentos em condição de consumo são destinados ao Banco de Alimentos e os demais resíduos orgânicos são processados em uma usina de compostagem.” – Fonte: Site da SLU

Na UEA são atendidas as mais diversas parcelas da população (professores, trabalhadores em educação, estudantes de todos os graus, catadores, carroceiros, servidores da limpeza pública, empresas, instituições, condomínios, associações, lideranças comunitárias, ONGs e grupos organizados). Através de teatros, palestras, aulas, exposições e oficinas, os visitantes da UEA aprendem sobre a importância do pensamento coletivo, da educação ambiental e da inclusão social para a questão do tratamento do lixo.

No mesmo espaço da UEA, ainda funcionam uma Estação de Reciclagem de Entulho de construção civil e o programa de Compostagem de Resíduos Orgânicos.

Projetos que fazem uma visita valer a pena.
As visitas à UEA podem ser agendadas pelo e-mail dvelu@pbh.gov.br ou pelo telefone 156.

Fontes: Coletivo Verde /Link externo: Portal PBH
Fotos: Lusi / Creative Play Plus

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Os 10 países líderes em energia eólica




1 - CHINA
Dona de 1/4 da capacidade eólica mundial, a China é o país líder em investimento no setor, com 62,7 mil megawatts (MW) instalados (26,3 % participação global) entre 1996 e 2011. Trata-se de 40 vezes a capacidade eólica total do Brasil, de 1,5 mil MW.

De acordo com o relatório do GWEC, no ano passado, o gigante asiático também tomou a frente do processo de expansão, instalando mais 18 mil MW, quase metade do total mundial registrado no período. Por trás do desempenho chinês está a necessidade do país de superar sua dependência energética do petróleo e reduzir as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global, garantindo, assim, um abastecimento limpo para sustentar seu crescimento.

2 - ESTADOS UNIDOS
Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar no ranking do GWEC, com uma capacidade eólica acumulada de 46,9 mil MW, o que corresponde a 19,7% do total mundial. Nem mesmo a repercussão prolongada da crise financeira e as incertezas em relação a políticas ambientais de médio e longo prazo diminuíram o ritmo de investimento em energia renovável na terra do Tio Sam.

Em 2011, o país foi responsável pelo segundo maior investimento no setor, instalando 6,8 mil MW, cerca de 17% do crescimento da eólica verificado no mundo de janeiro à dezembro.

3 - ALEMANHA
No terceiro lugar do ranking, a Alemanha registra uma capacidade eólica total de 29 mil MW, respondendo por 12,2% do acumulado mundial. A Alemanha também foi o quarto país que mais contribuiu para o crescimento do setor no ano passado, com mais 2,086 MW instalados, representando 5% da participação global.

A conversão para energia limpa garante não só a redução das emissões de gases nocivos ao planeta como a geração de novos postos de trabalho. Na última década, mais de 300 mil vagas foram criadas no agitado mercado de energias renováveis do país.

4 - ESPANHA
Em quinze anos, a capacidade total instalada de energia eólica espanhola atingiu 21,6 mil MW, o que representa 9,1% do potencial dos projetos eólicos mundiais. Apesar da crise, em 2011 o país teve o sétimo maior crescimento do setor, registrando aumento de mil MW de capacidade e uma participação global de 2,5%.

5 - ÍNDIA

Os ventos também sopram positivamente para a Índia, que soma 16 mil MW em projetos eólicos, o quinto maior desempenho mundial, com participação de 6,7%. No ano passado, o país registrou aumento de 3 mil MW, cerca de 7% do total investido no mundo, ficando com o terceiro melhor desempenho.

6 - FRANÇA
A sexta colocação no ranking do GWEC foi para a França que, entre 1996 e 2011, acumulou uma capacidade eólica total de 6,8 mil MW, o que representa 2,9% de participação mundial.

No ano passado, como seus antecessores e a despeito da crise, o país também teve um bom desempenho - instalou mais 830 MW, respondendo por 2% do crescimento mundial do setor no período.

7 - ITÁLIA
A Itália é o sétimo líder em energia eólica no mundo, somando 6,7 mil MW em capacidade instalada, com participação mundial de 2.8%.

Já em relação à expansão, entre janeiro e dezembro do ano passado, o país caiu para o oitavo lugar, com um total de 950 MW, o que representa 2.3% dos investimentos mundiais no período.

8 - REINO UNIDO
Marcando presença entre os maiores e mais agressivos mercados de eólica, o Reino Unido possui a oitava maior capacidade total instalada ao longo de 15 anos.

São 6,5 mil MW em projetos eólicos que, ao todo, respondem por 2,7% da participação mundial. Em 2011, o país registrou um aumento de 1,3 mil MW, cerca de 3,1% dos investimentos globais totais no mesmo período.

9 - CANADÁ

Segundo o GWEC, o Canadá é o nono país com maior capacidade eólica instalada. O país acumula um total de 5,2 mil MW, representando 2,2% do potencial mundial.

Em 2011, o Canadá apresentou a sexta maior expansão no período, com a soma de mais 1,2 mil MW, respondendo sozinho por 3,1% do crescimento mundial total no período.

10 - PORTUGAL
Na décima posição do ranking, mas ainda entre os líderes, aparece Portugal. Sozinho, ele responde por 1.7% da capacidade de geração eólica total instalada do mundo. Ao todo, o país acumula 4 mil MW em projetos eólicos, quase o triplo da capacidade instalada do Brasil, de 1,5 mil MW.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Universo luminoso

As velhas lâmpadas incandescentes estão com os dias contados. Em seu lugar, surgem novos tipos mais eficientes e econômicos. Fique por dentro dos prós e dos contras de cada modelo e faça a escolha certa


É bem provável que em sua casa exista mais de um tipo de lâmpada. Desde o apagão, em 2001, fontes de luz mais econômicas como as halógenas, as fluorescentes e, recentemente, as de LED viraram visitantes permanentes de espaços íntimos da morada, das áreas externas e dos escritórios. Se num primeiro momento a busca por novas formas de iluminar a casa foi uma alternativa para diminuir a conta no fim do mês ou reduzir a onda de desperdícios, em 2016, isso se tornará lei.

A partir deste ano, a comercialização e a fabricação das lâmpadas incandescentes comuns, que não atingirem o mínimo de eficiência exigida pelo governo, serão proibidas no Brasil. A ideia é reduzir a zero a utilização das "amarelinhas", ao menos no uso doméstico, uma vez que elas ainda são maioria nas residências do país. "Mesmo com uma maior conscientização por parte do consumidor desde a crise energética, cerca de 300 milhões de lâmpadas comuns ainda são comercializadas no país", diz Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). Ou seja: o baixo custo e a boa luminosidade desse tipo de lâmpada ainda pesam na decisão de compra. Porém, como veremos adiante, sua durabilidade é baixíssima e a energia gasta é elevada ¿ mau para o bolso e para o planeta que precisa produzir mais energia para suprir a demanda.

Mas, a ideia não é somente adotar as versões econômicas que, nem sempre, trazem o conforto e o aconchego emitidos pela luminosidade das amarelas. É preciso conhecer as características de cada modelo, para então decidir pela melhor opção. "É importante fazer um planejamento e avaliar o local que será iluminado", explica Adriana Fernandes, coordenadora do departamento de designer da loja La Lampe, em São Paulo. O ideal é mesclar luzes e tipos diferentes, tendo a consciência de que não há uma única melhor em todos os sentidos, pois cada espaço tem uma demanda diferente de iluminação.

CADA UMA NO SEU QUADRADO 

Além da economia, é claro, um importante aspecto que deve ser levado em conta na hora de comprar uma lâmpada são as alternativas de reciclagem disponíveis no mercado. "Por serem compostas basicamente de alumínio e vidro, as incandescentes devem ser descartadas preferencialmente como material reciclável", orienta Eduardo Sebben, diretor superintendente da Apliquim Recicle Brasil, empresa especializada em descontaminação e reciclagem de lâmpadas. Como ainda não existem procedimentos e tecnologia específicos para o descarte das lâmpadas de LED, elas devem ser descartadas como lixo eletrônico, pois contêm diversos componentes eletrônicos.

O maior problema reside nas lâmpadas fluorescentes, cujo uso tem crescido ano a ano e que podem oferecer danos à nossa saúde e ao meio ambiente. "O mercúrio inorgânico presente nessas lâmpadas não está em sua forma mais tóxica, mas em contato com o meio ambiente (aterros e lixões) pode se transformar na forma orgânica contaminando o solo e os lençóis freáticos", explica Bruno Carneiro, engenheiro químico do Departamento de Meio Ambiente do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas, no Pará. Segundo ele, esse mercúrio orgânico chega a nós por meio dos alimentos (em especial os peixes) podendo, em excesso, causar doenças relacionadas ao sistema nervoso central.

Não é à toa que o descarte correto é um dos itens importantes da chamada logística reversa obrigatória, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010. Nela, o fabricante, o distribuidor e o importador do produto são responsáveis por recolher e destinar o material usado para as empresas de reciclagem.

A forma como será feito todo esse trabalho ainda está em estudo. "A previsão é de que no futuro haja pontos de coleta para facilitar o descarte das lâmpadas, e esse custo extra da coleta esteja embutido no preço final do produto, o que hoje ainda não ocorre", informa Isac Roizenblatt, diretor técnico da Abilux. Mas, se quiser ajudar, você pode separar essas lâmpadas e procurar os pontos que recebem esse material voluntariamente. "Supermercados, shoppings, lojas de construção e empresas de reciclagem e descontaminação oferecem esse serviço, mas é preciso se informar e ver se há essa possibilidade", sugere Zilda Maria Faria Veloso, gerente do Departamento de Resíduos Perigosos do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

FIQUE DE OLHO 

Para saber a eficiência energética de cada modelo (boa luminosidade, qualidade do produto e baixo gasto energético), o Inmetro criou a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence) para lâmpadas incandescentes comuns e halógenas, e para fluorescentes compactas. A etiqueta possui sete classes de eficiência, que vai de "A" (a mais eficiente) a "G" (a menos eficiente). Por exemplo, as fluorescentes compactas geralmente são "A" e "B", as incandescentes são classificadas de "D" a "G" e as "C" são as halógenas. Já as fluorescentes tubulares e as LED devem estar regularizadas e etiquetadas a partir de 2013.

Fonte: Marcos Borges, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, do Inmetro.

UMA LÂMPADA PARA CADA NECESSIDADE

Comum
Como ela é: possui um filamento de tungstênio que, ao ser aquecido pela corrente elétrica, transforma energia em luz e calor. O problema é que apenas cerca de 6% a 8% são transformados em luminosidade - o restante é dissipado na forma de calor. Isso faz com que haja um gasto energético desnecessário, encarecendo a conta no fim do mês. Entre todos os tipos é o que dura menos, cerca de nove meses (ou 750 horas). Seu Índice de Reprodução de Cor (IRC) é 100%, ou seja, os objetos iluminados por ela se aproximam bastante de sua cor natural, e o tom da luz é amarelado. É a mais barata à venda no mercado.

Halógenas
Como ela é: tem o mesmo princípio de funcionamento da incandescente comum. Ela também possui filamento e ainda gás halógeno - composto de iodo e bromo - que faz com que sua vida útil gire em torno de dois anos (ou 2.000 horas), bem mais do que a da incandescente comum. A conversão da energia em luz varia de 10% a 12%. A qualidade da iluminação é similar à da comum tanto no que diz respeito ao IRC quanto ao tom da luz, chamada pelos especialistas de temperatura da cor.
Na decoração: por emitir uma intensidade de luz bastante agradável tanto a incandescente comum quanto a halógena são indicadas para locais como salas de estar, quartos, home theaters. Além disso, como tem bom IRC, deve ser usada em locais onde precisamos enxergar as coisas nas cores originais, tais como espelho de banheiro (para maquiagem), salas (especialmente os locais de refeições), quartos, closets (para escolher a roupa certa) e assim por diante. A lâmpada halógena está disponível com diferentes refletores acoplados que proporcionam iluminação com foco dirigido ideal para destacar quadros, objetos e coleções.

Fluorescente

Como ela é: a maior parte da luminosidade dessa lâmpada vem de uma reação química dos gases mercúrio e argônio, contidos em seu interior, e não da corrente elétrica. Resultado: menos gasto de energia e conta mais barata. Nessa categoria existem dois tipos: a compacta que, em uma residência, dura em média de seis a 12 anos, e a tubular que dura de sete a 15 anos. O IRC varia de 65% a 90% e pode ser encontrado com temperaturas de cor amarelo suave e azul. Hoje em dia, a oferta de lâmpadas de qualidade aumentou muito, se comparada ao início de sua inserção no país.
Na decoração: por ser uma lâmpada econômica e eficiente, é perfeita para locais em que seja necessária muita luz geral e para espaços que demandem iluminação constante, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço, garagens e corredores. Como não possuem um bom IRC, os objetos iluminados tendem a ficar com uma aparência mais "artificial". Na cozinha, lâmpadas desse tipo podem ser usadas desde que não sejam colocadas sobre locais como pia e fogão, em que os alimentos são manipulados. Nesses casos, fique com a incandescente comum ou a halógena, que realçam a cor natural do objeto iluminado.

Lâmpada LED (Diodo Emissor de Luz)
Como ela é: dentre todas é a que possui tecnologia mais eficiente. Isso se traduz numa maior durabilidade (algumas podem chegar a até 50 anos ou 50.000 horas), economia e luminosidade. Em contrapartida, é uma das mais caras do mercado, seu IRC não é bom (comparado ao das outras) e, no Brasil, está disponível apenas na temperatura de cor azulada, ou seja, mais fria. O funcionamento dessa lâmpada é complexo e totalmente diferente do dos outros tipos: a luz é resultante de uma reação energética desencadeada por elétrons (cargas negativas).
Na decoração: é perfeita para locais em que é necessária uma grande economia de energia, para áreas que precisam de um "ponto" de luz, como corredores, escadas, prateleiras pequenas, jardins ou pontos de destaque que ficam acesos a noite inteira. Outra vantagem é a possibilidade da troca dinâmica de cores, usada com frequência na cromoterapia e em salões de festa. Além do uso doméstico, são ideais para iluminação de ruas e avenidas.

Fontes: Adriana Fernandes, coordenadora do Departamento de Designer de La Lampe, de São Paulo; César Pagan, chefe do Departamento de Máquinas, Componentes e Sistemas Inteligentes, da Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação, da Unicamp; e Isac Roizenblatt, diretor técnico da Abilux e Fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Diversão verde

Suspensas a 30 centímetros do chão, três plataformas aguardam a chegada dos visitantes. Elas lembram uma gangorra, com as extremidades oscilando de um lado ao outro, presas apenas por um eixo central. A cada movimento que a pessoa faz, na tentativa de se manter de pé sobre a prancha, imagens geradas por projetores aparecem nas paredes, graças à conexão com iPads. O toque futurista revela que não se trata de um simples passatempo de criança - se bem que os pequenos vão adorar. Essa, na verdade, é a primeira atração da exposição Meu Meio, em cartaz a partir do próximo dia 13, quando será reaberto o Museu do Meio Ambiente. Às vésperas da conferência mundial Rio+20, a volta do funcionamento do espaço e a mensagem subliminar por trás das brincadeiras não poderiam ser mais apropriadas. "Foram gastos mais de 5 milhões de reais para criar um ambiente em que as pessoas possam compreender a ação da humanidade e seu impacto no planeta. Esse conteúdo será mostrado em diferentes plataformas e com muita interatividade", diz o presidente do museu, o sociólogo Liszt Vieira. 

Veja como ficará o Novo Museu do Meio Ambiente após a reforma que custou 5 milhões de reais

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Limonada Moda Customizada

A bolsa é feita com calça jeans reaproveitadas e o colar é feito com tecidos e brincos reaproveitados, bacana né?

É muito bacana ver como os produtos sustentáveis estão evoluindo no Brasil. O paradigma de que os produtos feitos com materiais de baixo impacto ambiental ou reaproveitados são de má qualidade está sendo dizimado pela critiavidade e iniciativa de designers que criam produtos estilosos, acessíveis e com muita qualidade.

Janaina Ramos é uma destas pessoas, ela fundou a Limonada Moda Customizada marca que produz lindíssimas bolsas, ecobags, cadernos e acessórios sustentáveis. A marca utiliza em suas peças tecidos reaproveitados e todo o trabalho é desenvolvido dentro do conceito do comércio solidário. Conheça algumas peças:



A bolsa modelo “Gold” da foto acima foi feita com o reaproveitamento de uma calça jeans. O bacana é que cada peça é única e a designer trabalha inspirada pelo material que irá reaproveitar e o resultado é super interessante e bonito.

A ecobag estilizada a da foto acima é feita com o reaproveitamento de lona e estampada com tinta a base de água. O charmoso caderninho é feito com capa de calça jeans reaproveitadas.

Os produtos da Limonada Moda são lindos e sustentáveis vale a pena visitar o Site da marca e conhecer todos os produtos é só clicar aqui e se encantar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Desligue seu Computador!




Você já deve ter ouvido o seguinte: ligar e desligar o computador (notebook, netbook e etc…) todo dia pode ocasionar mau funcionamento. Pois é, isso é mais uma lenda urbana.
Alguns equipamentos, como aqueles usados por empresas de Telecomunicações realmente apresentam problemas se foram desligados todo dia, isso porque em uma empresa desse tipo, tudo é feito e pensado para ficar online 24 horas por dia. Os equipamentos são fabricados para esse fim.
Já nossos computadores podem e devem ser desligados todas as noites.
Estudos mostram que um computador de escritório que fica ligado todo dia durante um ano consome 1.000 kilowatts/ano, isso mesmo mil, ainda tem mais, o consumo dessa energia toda gera 1 tonelada de emissão de CO2/ano.
Agora o simples ato de desligar o computador toda noite, após seu expediente de trabalho baixa o consumo para 250 kilowatts/ano, a mesma economia vale para as emissões de CO2 e conta de luz.


Ah sim, nós economizamos dinheiro com isso. Vejo o custo deixando o computador ligado o ano todo e desligando no periodo de inatividade:
Computador ligado o ano todo: 1.000 kilowatts/ano x R$ 0,32 = R$ 328,83
Computador ligado 8 horas/dia em um ano: 250 kilowatts/ano x R$ 0,32 = R$ 82,20
A economia chega a 75%. Fazendo isso vai sobrar dinheiro para engordar a conta da poupança e não a conta da cia de energia elétrica.
Você é uma pessoa consciente, certo? Foi o que eu achei!
Então vá além, desligue seu computador sempre que for sair para reuniões, intervalos e almoços que demorem mais de 30 minutos e terá um resultado muito, muito melhor tanto na economia de energia quanto na emissão de CO2.
Fontes: Tenbrazzis / Tarifas CPFL /coletivo verde

quarta-feira, 6 de junho de 2012

10 dicas para deixar o seu armário “verde”


1. Planeje antes de comprar
Abandone as compras por impulso. Analise bem se aquela roupa ou acessório servem para você ou  se é só uma vontade passageira. Assim você evita perder dinheiro e espaço em seu armário.
2. Ame suas roupas
Cuide-as com carinho.  ‘Acidentes’ domésticos provocam pequenos desastres como manchas ou tecidos queimados. Se cair um botão ou tiver que ajustar um pouco, procure uma costureira e veja se há como reparar. Para os mais empolgados, é uma boa hora para aprender a lidar com linhas e agulhas.
3. Evite lavagem a seco
Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena. Procure lavanderias que trabalhem com “wet cleaning” ou CO2 líquido. Muitas peças que antes eram lavadas a seco já podem ser lavadas a mão, especialmente as de seda, lã e linho. Fique de olho nas etiquetas. Se você preferir recorte as orientações e  cole em um pequeno caderno ou guarde em uma caixinha para conferir quando precisar.
4. Compre peças antigas ou usadas
Use a criatividade e tenha um estilo próprio. Busque em bazares, feirinhas, brechós,  troca de roupas  entre amigas. Vale tudo. Se tiver roupas ‘herdadas’ que possam ser interessantes, aposte. Acessórios antigos sempre funcionam Tenha cuidado para ver se tudo está ok. Peças antigas ou usadas podem estar danificada pelo tempo ou pelo uso. Dependendo, uma reforma resolve e ainda sobra espaço para uma boa customizada.
5. Lave bem
Tenha cuidado para não desperdiçar energia. Junte bastante roupa antes de lavar, para economizar na água, luz e sabão. Procure usar a temperatura mais baixa possível. Opte por alternativas naturais na remoção de manchas nos tecidos e produtos que sejam livre de fosfato e biodegradáveis. Se estiver procurando por uma lavadora nova, verifique se possui selo de economia energética ( no Brasil, do Inmetro). A mesma dica vale para os ferros elétricos.
6. Vista orgânicos e tecidos com material reaproveitado
Os tecidos orgânicos e os desenvolvidos com materiais reaproveitados chegaram para ficar. Na opção do orgânico é possível escolher desde o algodão até a seda, certifique-se de que possui selo de autenticação (que identifica se a produção realmente é feita sem agrotóxicos). Os tecidos com materiais reaproveitados como o tecido PET são uma inteligente opção, fomentam o reaproveitamento de materiais como as garrafas pets e agregam ativos ambientais para a peça.
7. Encontre uma nova utilidade
Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo a sua volta e aproveite o que já existe para reinventar. A proposta está sendo cada vez mais abraçada por estilistas internacionais – chegando a ser desafio até mesmo para o pessoal do Project Runaway. Observe aquelas roupas e acessórios antigos e descubra potenciais fashion adormecidos. Caso não agrade a idéia, reúna o que não precisa mais e leve a entidades carentes. Se nós não encontramos novidade, outros encontrarão.
8. Investigue as origens
Nesse boom de novos tecidos, desconfie do mote ecológico. Como tudo na vida, o que aparentemente poderia ser a solução, pode ser um problema. Mantenha-se informado, converse com os donos de lojas e das marcas e faça escolhas conscientes.
9. Escolha roupas éticas
Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação. Procure saber onde ficam as fábricas das empresas que você compra. Muitas multinacionais utilizam abordagens de mercado que incluem maximizar o lucro e deixar de lado preocupações humanitárias, como a luta pelo fim da exploração de mão-de-obra infantil e escravidão (problemas comuns em países latinos, asiáticos e africanos).
10. Não desperdice
Não é porque aquele vestido não está na próxima tendência que ele merece ir pro lixo. Se for algo que de-jeito-nenhum-você-usará-novamente, venda, troque, doe. Há muita gente no mundo precisando de ajuda. Fique informado sobre ONGs e entidades que prestam auxílio a pessoas necessitadas. Colabore com movimentos de apoio a vítimas de catástrofes climáticas (como enchentes e tempestades). É uma maneira de amenizar as conseqüências do aquecimento global e motivar uma mudança.

Dicas retiradas do ótimo Eco Trends & Tips e editadas com novas informações.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Confira aqui a programação da conferência Rio + 20


A programação oficial da conferência está estruturada da seguinte forma:

13 a 15 de Junho: Última reunião do Comitê Preparatório
16 a 19 de Junho: Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável
20 a 22 de Junho: Segmento de Alto Nìvel (Chefes de Estado e de governo)

Além das reuniões oficiais, outros encontros serão realizados antes e durante a Rio+20. 
Confira abaixo a lista.

Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental
Data: 13 a 23 de Junho
Local: Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro

Encontro Estadual das Mulheres rumo à Rio+20
Data: 28 de abril
Local: Escola municipal Calouste Gulbenkian. Rua Prof. Clementino Fraga, Cidade Nova, Rio de Janeiro

Congresso Mundial ICLEI 2012 (Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais)
Data: 14 a 17 de junho
Local: Belo Horizonte

12 ª Conferência Bienal da Sociedade Internacional de Economia Ecológica
Data: 29 de maio a 1º de junho
Local: Rio de Janeiro

Simpósio Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Universidades
Data: 5 e 6 de junho de 2012
Local: Rio de Janeiro