O crescimento imobiliário aumenta a cada ano e independente de sua localização geográfica, as construções resultam em impactos ambientais.
“Os impactos podem acontecer por um conjunto de fatores. Sejam eles pela problemática de espaço (locomoção e bem estar), saúde pública (estrutura) e disponibilidades de recursos naturais’’. Segundo Cecilia Apolinário, bióloga.
Para conhecer o desempenho ambiental dos edifícios é necessário analisar a interação entre as atividades desenvolvidas durante todo o seu ciclo de vida, identificando os possíveis impactos ambientais. Dentre esses, os mais observados são a geração de resíduos, desperdício de materiais, descarte de recursos renováveis e consumo tanto de recursos naturais quanto de manufaturados.
Em São Paulo existem diversas áreas degradadas. De acordo com a bióloga Cecilia Apolinário, “Considera-se que a degradação de uma área ocorre quando a vegetação e a fauna são destruídas, removidas ou expulsas ou quando a camada de solo fértil é perdida, afetando a vazão e qualidade ambiental dos corpos superficiais ou subterrâneos d’água, refletindo na alteração das características físicas, químicas e biológicas da área, afetando assim o seu potencial sócio-econômico”, e completa: “Todas essas empresas que constroem e acabam degradando o meio ambiente têm como obrigação restaurar, recuperar e reabilitar a área que foi degradada.”
Segundo o Fundo para Populações das Nações Unidas (FNUAP), nos últimos 40 anos a população mundial dobrou para 5 bilhões e 300 milhões de habitantes, com uma grande possibilidade de dobrar novamente nos próximos 40 anos de forma que essa pressão populacional pode esgotar os recursos naturais.
Desenvolvimento sustentável
A construção civil necessita de novos procedimentos ambientalmente corretos, especialmente os que reduzem os consumos e a geração de resíduos.
“Considerar a variável ambiental na etapa do projeto arquitetônico fundamental determina os demais projetos complementares e as fases seguintes de uma edificação”, diz Alex Silva dos Santos, pós-graduado em Sistema de Gestão Integrada.
É recomendado pela legislação brasileira que empresas de construção de edificações busquem alternativas que atuem na redução de impactos ambientais, adotando ferramentas gerenciais como a implantação de um sistema de gestão ambiental.
Para que as construções possam contribuir para o desenvolvimento sustentável é necessário que as construtoras: “Além de planejar, executem as obras de acordo com os projetos arquitetônicos. Que elas cumpram a legislação ambiental e adotem procedimentos ambientalmente corretos, como separar resíduos para estimular a reciclagem, utilizar materiais e equipamentos, preferencialmente, de empresas fornecedoras que praticam gestão ambiental e utilizar procedimentos e mecanismos de controle na sua execução, controlando, periodicamente, seus indicadores ambientais”, afirma Alex Silva dos Santos.
O desenvolvimento sustentável sugere qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos, e o aumento da reutilização e da reciclagem.
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