Embalagem Longa Vida é uma embalagem extremamente eficiente no seu papel de preservação dos alimentos e após o consumo deve ser encaminhada para os programas de Coleta Seletiva.
26.6% foi a taxa de reciclagem de Embalagens Longa Vida no Brasil em 2008 totalizando mais de 52 mil toneladas.
Cada tonelada de embalagem cartonada reciclada gera, aproximadamente, 680 quilos de papel kraft. No Brasil, é previsto um aumento constante da reciclagem dessas embalagens. A taxa de reciclagem mundial é de 18% de Embalagens Longa Vida pós-consumo.
O Brasil é líder absoluto nas Américas, mantendo-se acima da média mundial (18%) e posicionando-se próximo à média européia (30%).
Ciclo da Reciclagem: Voltando às origens
O processo para reciclagem das embalagens cartonadas acontece em duas etapas. A primeira é a retirada do papel e posteriormente o processamento do polietileno/alumínio que pode ser reciclado de várias formas diferentes.
Reciclagem das fibras de papel
O processo de reciclagem das Embalagens Longa Vida inicia-se nas fábricas de papel, onde as embalagens são alimentadas a um equipamento semelhante a um liquidificador gigante, o "hidrapulper". As fibras são agitadas com água e sem produtos químicos, hidratando-se e separando-se das camadas de plástico e alumínio. Após a separação, estas fibras celulósicas seguem para a máquina de papel. O produto final é o papel reciclado que pode ser usado para confecção de caixas de papelão.
Reciclagem do plástico e Alumínio - Após o reaproveitamento do papel, o polietileno e o alumínio seguem para outros processos produtivos:
1) Reciclagem via Plasma: A nova tecnologia de plasma permite a completa separação das camadas de plástico e alumínio. O sistema usa energia elétrica para produzir um jato de plasma a 15 mil graus Celsius para aquecer a mistura de plástico e alumínio. Com o processo, o plástico é transformado em parafina e o alumínio, totalmente recuperado em forma de lingotes de alta pureza. Esses lingotes são transformados em novas folhas de alumínio usadas na fabricação de Embalagens Longa Vida e, assim, fecham o ciclo de reciclagem do material. A parafina é vendida para a indústria petroquímica nacional. A aplicação dessa tecnologia para reciclagem de embalagens longa vida é inédita no mundo e 100% brasileira, tendo já despertado o interesse de diversos países europeus.
2) Fabricação de placas e telhas: Outra possibilidade é a trituração das camadas de polietileno e alumínio, que são depois prensadas a altas temperaturas, produzindo chapas semelhantes à madeira, ideais para a produção de móveis e divisórias. Essas chapas podem ser transformadas também em telhas utilizadas na construção civil.
3) Produção de “Pellets”: O composto de plástico com alumínio pode ser encaminhado para as indústrias de plástico, onde são reciclados por meio de um processo de extrusão para produção de “pellets”. Esses “pellets” são pequenos grãos de plástico e alumínio que podem ser utilizados como matéria-prima nos processos de fabricação de peças por injeção, rotomoldagem ou sopro. Os produtos finais são canetas, paletes, banquetas, vassouras, coletores por exemplo.
Fonte: www.cempre.org.br
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