domingo, 26 de abril de 2009

Reciclagem III - Alumínio


Eis que surge o momento de falarmos sobre o alumínio. Para bom colecionador de latinhas , meio alumínio vale. É só olhar na cozinha, e ele está por toda parte, se bater a fome você vai lembrar das sempre úteis quentinhas.
Opaís é pentacampeão na reciclagem de alumínio, seguido da terra do japão , pelos Argentinos e Estados Unidos . Para se ter uma idéia o país atingiu a marcar de 78% no ano de 2000 e em 2006 chegou a 96,2% , o equivalente a 127,6 mil latas, é lata pra dedéu! E para reciclar o de alumínio, só um belo forno com proximadamente 700 graus de temperatura, além de ser um dos materiais que mais demora a atingir o estado sólido.
A produção do nosso amigo metálico depende do elemento mineal chamado Bauxita. Sem falar que a parte pior sobra para a grande heroína eletricidade.
E aqui fica nosso aviso de sempre, continue reciclando e fazendo a sua parte, nós da BioTAV adoramos um guaraná, mas antes de qualquer gole é preciso ter consciência do que se tem nas mãos, não mesmo?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Reveja suas atitudes


Veja algumas dicas simples de como você pode colaborar para não lançarmuitos gases causadores do efeito estufa na atmosfera.

Carne:
  • Pergunte ao seu açogueiro ou ao supermercado que freqüenta deonde vem a carne que você compra.
  • Cerca de 70% das áreas desmatadassão para abertura de novaspastagens. O desmatamento é o principalresponsável por nossas emissões de gases causadores do efeito estufa.
Madeira:
  • Procure sempre o selo FSC. O selo é a garantia de que a madeirafoi retirada corretamente.
  • O desmatamento é o principal responsávelpor nossas emissões de gases causadores do efeito estufa.
  • Quanto mais incentivamos o manejo sustentável, menores serão os incentivos paradesmatar completamente determinadas áreas.
Transporte:

  • Prefira o transporte público. Além de ser menos poluente, vocêevitará parte do estresse do dia-a-dia;
  • Use bicicleta ou caminhe sempre que possível. É saudável e vocêestará contribuindo para um planeta mais limpo;
  • Se não houver ciclovias, fale com seus representantes políticospara que as construam;
    Para viagens curtas a trabalho ou de turismo, prefira o ônibus.
Carro:

  • Faça sempre uma revisão. Além de evitar possíveis dores decabeça, um carro que funciona corretamente consome menos combustível emenos gases causadores do efeito estufa;
  • Calibre bem os pneus do seu carro. Os pneus bem calibrados evitamum consumo excessivo de gasolina e dão mais segurança;
  • Ao comprar, dê preferência aos veículos flex e que sejam mais econômicos;
  • Se puder, abasteça com álcool e não com gasolina.
Em casa:

  • Procure sempre comprar aparelhos eficientes em consumo de eletricidade;
  • Desligue as luzes dos ambientes não utilizados;
  • Retire das tomadas os aparelhos em stand-by (os que ficam com asluzinhas vermelhas acesas);
  • Instale painéis solares para aquecer a água. A longo prazo, vocêpoupará energia e dinheiro;
  • Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando.
No trabalho:

  • Verifique se as luzes estão desligadas ao sair;
  • Seja ativo: forme uma comissão para verificar como a empresa podegastar menos energia;
  • Mantenha os aparelhos de ar condicionado a 25o C;
  • Verifique se os aparelhos de ar condicionado estão na sombra.Eles consomem 5% menos se não estiverem no sol.

    Se cada um fizer sua parte e divulgar essas dicas, pode ser que consigamos reverter o assustador quadro em que o nosso planeta se encontra hoje.



segunda-feira, 6 de abril de 2009

Reciclagem II - Papel

Você sabia que o papel demora de três a seis meses para se decompor?

A BioTAV irá retomar a sequência de postagens que falará sobre reciclagem. Hoje vamos falar sobre a importância do papel. Atualmente no Brasil são reciclados 38% de papel e 60% de papelão produzidos.
Existem muitos tipos de papeis que podem ser reciclados: jornais, revistas, folhas usadas e de rascunho, cartões, envelopes, papel de computador, papelão. Mas existem alguns que não podem ser reciclados, como o papel higiênico, papéis plastificados ou metalizados, caixa de leite. O papel é fabricado a partir da matéria - prima chamada celulose, que é produzida pelas árvores.

Reciclar papel

É todo o reaproveitamento e fabricação de papeis a partir de um papel já existente, o chamado papel não - funcional. Daí o fator mais importante: ao fabricar papel reciclado ajudamos a diminuir os problemas ambientais que a produção deste papel causa ao meio ambiente. Algumas curiosidades nos fazem entender melhor como atitudes, neste caso a reciclagem, podem mudar o atual cenário do meio ambiente em que vivemos.

Econômico, benéfico e social-Curiosidades:

1. A reciclagem do papel economiza matéria- prima (celulose);
2. 50 kg de papel evitam o corte de uma árvore de 7 anos;
3. Cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m2 de monocultura de eucalipto;
4. Uma tonelada de papel reciclado economiza 20 mil litros de água e 1.200 litros de óleo combustível;
5. Catadores de papel e empregados de empresas de intermediação e recicladoras são os mais beneficiados socialmente, com o aumento da taxa de emprego gerada pela reciclagem
;


Falar em reciclagem não é algo tão simples quanto se pensa, porém, o papel da conscientização torna-se cada vez mais prazeroso. E por falar em papel, a palavra conscientizar ganhou conotações diferentes, menos a de que serve como alerta. As empresas caminham pelo lado do marketing, e é por aí que a parcela da conotação “responsabilidade” cai.
O trabalho de muitas Organizações Não Governamentais e outras instituições acaba sendo prejudicado, justamente pela imposição de “papéis” que são diretamente associados com coisas que destoam do trabalho sério e competente destas entidades


Texto: Mariana Aragão e Rafael Ferreira

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O garoto do córrego



O menino que andava de roupas simples que lhe conferiam ar de despojado – calças largas e desbotadas, camisa surrada das diversas vezes que usara, o cabelo penteado conforme a brisa lhe soprava a testa e a nuca. Estevão era despreocupado, despretensioso para a sua pouca idade, os doze anos dava-lhe feições de gente que não tem sequer um caminho a seguir.

Em suas poucas saídas de casa, na periferia da cidade, Estevam era visto caminhando cabisbaixo chutando uma lata amassada de um pé para o outro, e lá ia ele com seus passos entremeados até a beirada do córrego. Nunca ninguém se perguntou o que aquele moleque ia fazer nos arredores do leito da única água que ainda passava transparente por ali. Mas as dúvidas sempre assolavam a muitos, amigos, vizinhos, conhecidos de vista.
- Será que esse menino não estuda? Murmurou um rapaz.
- Que nada... É vagabundo, vai ver foi mendigar por aí! Retrucava uma senhora de rosto pálido pela idade já avançada.

O que ninguém imaginava é que Estevão era até inteligente para a sua idade, fazia o que poucos jamais pensaram em parar para fazer. Não pedia nada aos pais, não reclamava se não sobrava tempo para a peregrinação de todos os dias até o córrego. E o que tinha naquele riozinho de corredeiras tão fracas, quase paradas? Tinha todo o mundo do garoto esquisito, a barragem que ele mesmo construiu com as pedras que costumava retirar debaixo d’ água, as madeiras de poltronas velhas do lixão que ali era amontoado, até uma pontezinha surgiu com o tempo.

Munido de uma peneira velha que achara no lixo, Estevão ia passando na superfície da água, como se peneirasse toda a sujeira que brotava. Dava farelo de pão aos únicos peixinhos miúdos que povoavam o fundo do córrego. Fez daquele lugar pouco visto pelas pessoas seu mundo, com o verde das árvores que aprendeu a cuidar com o avô no quintal de casa, a terra que o pai lhe ensinara a arar para servir de plantio, a água que já chegou a faltar em seu barraco, fazendo-lhe sentir falta de um banho por alguns dias.

Quando o dia amanheceu na velha periferia, dos muros pichados, do lixo espalhado, o nublado das nuvens cinzas dava forma ao céu, anunciando talvez um dos dias mais diferentes que a cidadela cercada de morros já teve. Gil o homem mal encarado da oficina que fazia esquina com a padaria do seu Tonico, e o pedreiro Beto que não tolerava um vento ao contrário no bairro, resolveram seguir e bisbilhotar a vida de Estevam.

Quando perceberam que o garoto ia tomado seus passos, na mesma peregrinação de sempre, a mesma direção, os mesmos lados, Gil e Beto começaram a persegui-lo.
- Ele não deve ir muito longe, está se preparando para ir aprontar mais uma no córrego aqui perto, hoje pegaremos ele no flagra! Ruminou Beto.
- Se eu pegar aquele frangote acabando com a imagem do nosso povoado, vou dar uma surra! Esbravejou Gil.

A hora passava como as gaivotas sobrevoando o céu daquele momento, anunciando que o perigo rondava por ali. Estevão continuava seus passos, assoviando e murmurando algumas poucas palavras.
- Hoje é dia de estar com a mamãe natureza....
E lá ia ele, pensando nas próximas tarefas, no bairro havia rumores de que aconteceria um súbito “apagão”, mas que, sobretudo seria realizado com a colaboração das pessoas espalhadas pelo país.
Pouco interessava apagar as luzes, ainda a no momento em que todos estão assistindo a futebol e novela na TV, seu Tião do empório com mais um de seus churrascos familiares, enfim, a comunidade da periferia daquela região iria fracassar. Mas Estevão não! Sempre precavido, carregava no bolso da mesma calça desbotada uma velha lanterna enferrujada. E lá ia ele debulhado em seus pensamentos “Natureza, não fica com medo, é só por alguns minutos!”.

Gil e Beto já bufavam querendo acabar logo com todo aquele ritual sem nenhum nexo para eles. Esgueirados atrás de uma das poucas palmeiras que ali habitavam, os dois rapazes observavam o momento certo. Ás oito e meia da noite em ponto, Estevão apagou as luzes da lanterna e proferiu um punhado de palavras. Os rapagões, doidos para desferir alguns golpes no garoto, começaram a desfazer os músculos, a afrouxar os dentes, foram compreendendo aos poucos o que estava acontecendo ali.

Uma barragem na caída do córrego segurava todo lixo que Gil, Beto e todo o povoado despejavam por ali, as raízes das árvores estavam todas enfeitadas com as únicas flores que ainda restavam, e o canto do garoto que vivia de conversas com aquela paisagem permanecia ali, intacto, sem nada que pudesse revelar o contrário. A luz da lanterna apagada simbolizava toda a garra e determinação do garoto Estevão, que debochava das coisas incertas da sua gente, mas desabrochava vida para um ser que nunca incomodou ninguém, nem quando brotou folha desbotada, quando a água secou e quando a terra dali não germinou mais.